O município de Curral de Cima, localizado na Paraíba, chega aos 100 primeiros dias da nova gestão mergulhado em críticas, denúncias e insatisfação popular.
Embora Adjamir Souza, do PSB, ocupe oficialmente o cargo de prefeito, moradores apontam que, na prática, a cidade segue sem governo.
A nova administração começou sem apresentar propostas sólidas ou melhorias visíveis, e a população já sente os reflexos da má gestão.
Uma das principais queixas é o não pagamento integral dos salários dos servidores públicos, desrespeitando as funções e cargas horárias dos trabalhadores.
Além disso, os profissionais relatam humilhações e o desmonte do último concurso público municipal, cujos aprovados e empossados vêm sendo sistematicamente removidos de seus cargos.
Na área da saúde, a situação é crítica: apenas três postos estão funcionando com número reduzido de funcionários.
A desorganização é tanta que a responsável pela vacinação está sendo forçada a abandonar sua função para realizar triagens, comprometendo o andamento do serviço e colocando em risco a eficiência da imunização no município.
A educação também sofre com a falta de atenção: a merenda escolar é de péssima qualidade, o que gera revolta entre pais e alunos.
Nas unidades de saúde, as farmácias básicas estão sem medicamentos, agravando ainda mais o sofrimento da população que depende do sistema público.
Um dos programas sociais mais importantes para as famílias de baixa renda, o Programa Social do Gás, hoje está abandonado. Criado e regulamentado ainda na gestão do ex-prefeito Totó Ribeiro, o programa é garantido por lei municipal.
No entanto, desde que Adjamir Souza assumiu a prefeitura, a iniciativa deixou de ser executada, mesmo sendo uma obrigação legal da atual gestão.
Moradores afirmam que não há o que comemorar e esperam providências urgentes para que Curral de Cima volte a ter uma administração de fato, que respeite seus cidadãos e atenda às necessidades básicas da cidade.